Cooperativa de Produtores de Porco Alentejano e
Outras Espécies Pecuárias, C.R.L.
O sistema de produção em montanheira está intimamente associado ao montado e ao seu sistema agro-silvo-pastoril, podendo ser constituído por sobreiros (Quercus suber) e azinheiras (Q. rotundifolia), com vegetação arbustiva ou herbácea no subcoberto. A montanheira está associada ao montado e ao Porco Alentejano, sendo uma forma de engordar os porcos em regime extensivo, e que essencialmente pela sua alimentação muito suportada pela bolota ou lande, origina uma carne de qualidade superior, sabor intenso e um tipo de gordura ideal para a produção de transformados do porco (presunto e enchidos).
Nome geográfico que identifica um produto originário desse local ou região, cuja qualidade ou características do produto se devem essencial ou exclusivamente ao meio geográfico específico, incluindo fatores naturais e humanos, e cujas fases de produção têm lugar na área geográfica delimitada.
Nome geográfico que identifica um produto originário desse local ou região, que possui uma determinada qualidade, reputação ou outras características que podem ser atribuídas à sua origem geográfica e em que pelo menos uma das fases de produção tem lugar na área geográfica delimitada.
O porco alentejano é o animal que melhor aproveita as condições naturais existentes, na criação ao ar livre.
A Carne de Porco Alentejano DOP é obtida a partir de carcaças com um peso mínimo de 50 kg e máximo de 120 kg, provenientes de porcos de raça alentejana, produzidos na região do Alentejo, e abatidos entre os 8 e os 14 meses de idade.
A área geográfica de produção da Carne de Porco Alentejano DOP engloba o distrito de Évora, a quase totalidade dos distritos de Beja e Portalegre e grande parte do distrito de Setúbal (concelho de Sines e grande parte dos concelhos de Alcácer do Sal, Grândola e Santiago do Cacém).
É uma carne muito saborosa e suculenta, de cor entre o rosa pálido e rosa escuro e com uma gordura brilhante, firme, não exsudativa e de coloração branca.
O Presunto/Paleta de Barrancos DOP é obtido a partir dos membros posteriores ou anteriores (respetivamente) de porcos de raça alentejana, salgados, secos, curados e não fumados. O seu peso é superior a 5 kg (presunto) ou a 3 kg (paleta). O Presunto/Paleta do Alentejo DOP pode ser comercializado inteiro, em pedaços ou fatiado, com ou sem osso.
Os porcos são abatidos entre os 12 e os 20 meses, passando em seguida os pernis e as paletas por um processo de transformação constituído por várias fases: salga, cura, secagem-maturação e envelhecimento. É durante este processo, cuja duração oscila entre os 12 e os 24 meses para os presuntos e, os 6 e 18 meses para as paletas, que o Presunto/Paleta de Barrancos DOP adquire lenta e progressivamente o aspeto, a cor, o sabor, o aroma e a textura que o caracterizam.
O Presunto/Paleta de Barrancos DOP tem um sabor suave e delicado, pouco salgado e por vezes de travo ligeiramente picante, muito tenro e suculento.
A área geográfica de criação dos porcos engloba a generalidade dos distritos de Beja, Évora e Portalegre e parte do distrito de Setúbal. A área geográfica de transformação engloba apenas o concelho de Barrancos.
O Presunto/Paleta do Alentejo DOP é obtido a partir dos membros posteriores ou anteriores de porcos de raça alentejana, respetivamente. O seu peso é superior a 5 kg (presunto) ou a 3,5 kg (paleta). O Presunto/Paleta do Alentejo DOP pode ser comercializado inteiro, em pedaços ou fatiado, com ou sem osso.
Os porcos, criados maioritariamente ao ar livre, são abatidos entre os 12 e os 24 meses.
O Presunto/Paleta do Alentejo DOP apresenta um sabor suave, delicado, pouco salgado, persistente, agradável, por vezes com um travo ligeiramente picante.
A área geográfica de criação dos porcos e de produção de Presunto/Paleta do Alentejo DOP engloba a generalidade dos distritos de Beja, Évora e Portalegre e parte dos distritos de Castelo Branco, Faro, Guarda, Santarém e Setúbal. A área geográfica de transformação está limitada à região Alentejo.
O Presunto de Santana da Serra IGP e a Paleta de Santana da Serra IGP são presuntos que provém do porco da raça Alentejana. O Presunto é a perna (membro posterior) e a Paleta é o ombro (membro anterior). A envolver as massas musculares existe uma cobertura de gordura. A área onde este presunto é produzido é caraterística do montado alentejano, com carvalhos e sobreiros. O clima é quente e seco no verão e frio e seco no inverno. A raça dos animais e os alimentos fornecidos aos porcos dão à sua carne e gordura as suas características particulares.
Após um período de montanheira de 60 a 90 dias, os porcos são abatidos entre os 12 e os 24 meses, só sendo admitidas carcaças com um mínimo de 90 kg. Os pernis e as pás são marcados individualmente, e devem ter um mínimo de 7,5 kg e de 5 kg, respetivamente para presuntos e paletas. Um emblema da Ordem de Santiago é marcado no couro do Presunto e a Paleta de Santana da Serra IGP, um símbolo antigo das freguesias onde estes presuntos são produzidos.
O Presunto e a Paleta de Santana da Serra IGP são produzidos nas freguesias de Santana da Serra, Garvão, Ourique, Panóias, Santa Luzia e Conceição, no município de Ourique, no distrito de Beja.
Presuntos ou paletas obtidos a partir de pernis ou pás de porcos de raça alentejana, com regras particulares de maneio, abatidos entre os 12 e os 24 meses de idade, inscritos no Livro Genealógico Português de Suínos.
Os presuntos deverão ter um peso superior a 7,5 kg e as paletas a 5 kg.
Ao corte apresenta-se com cor vermelha, aspeto oleoso, brilhante, marmoreado e com infiltração de gordura intramuscular.
A área geográfica da produção está circunscrita à distribuição do montado e de explorações que possam praticar o regime de montanheira. Os porcos de raça alentejana têm obrigatoriamente que nascer e serem criados em explorações inscritas e sujeitas a controlo, em sistemas extensivos e semi-extensivos, a alimentação é feita maioritariamente no campo, com densidade mínima de azinheiras e de animais por hectare.